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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Capitulo III

CAPÍTULO III

Todos já estavam no barzinho quando Demi chegou. Doug a recebeu com alegria e lhe ofereceu um drinque ao mesmo tempo em que lhe mostrava o bufê para que se servisse. Pouco depois Taylor se aproximou, e Demi percebeu que ele já havia bebido um pouco além da conta.
-Preciso falar com você — começou ele. — Vamos nos sentar?
Para não criar problemas, deixou que Taylor a conduzisse até uma mesa próxima ao grupo. Taylor Swift estava de pé bem em frente, e o coração de Demi disparou quando viu Joe indo em direção a ela.
— É Mary — confidenciou Taylor. — Ela quer voltar para mim. A mãe dela me telefonou esta manhã. Demi, eu mal posso acreditar!
— O que você respondeu?
— Eu não disse nada.
— Se você quer meu conselho, não diga nada, pelo menos por enquanto. Tenho certeza de que Mary vai admirá-Io muito mais se você não voltar para ela imediatamente, Taylor. Mas só você pode tomar essa decisão. Agora com licença, preciso ir embora.
— Fique mais um pouco e eu lhe darei uma carona, combinado?
— Obrigada, Taylor, mas eu realmente não posso — disse ela, levantando-se para procurar Doug.
— Não me diga que você já vai? — Doug não disfarçou seu aborrecimento.
— Sinto muito, mais preciso ir, acredite.
Taylor e Joe haviam se juntado ao grupo no bar, e Demi sentiu que enrubescia quando ouviu Taylor S. comentar:
— Um namorado? Que surpreendente! Quem é ele? Acho que podemos adivinhar, não?
Ela olhava para Tay enquanto falava, e Demi teve vontade de dizer-lhe toda a verdade.
— Que tal um beijo de boa sorte? — Doug sugeriu num tom de brincadeira.
Demi sabia que se recusasse o pedido iria magoá-Io.
Inclinando-se, ela o beijou no rosto enquanto os outros aplaudiam. Como se percebesse quanto esse gesto havia sido difícil para Demi, Doug exclamou:
— Obrigado, meu anjo. Seja paciente com Joe, pois você sabe que ele não é como eu.
— Infelizmente. — A palavra escapou antes que ela pudesse notar, e Doug não fez comentário algum porque Taylor acabava de chegar perto deles.
— Vou levá-Ia para casa, Demi.
Ela procurou se afastar, mas Tay a impediu. Ele já estava bastante alterado e começava a se tornar inconveniente.
— Parece que você passou da conta na bebida, companheiro — interrompeu Joe calmamente, procurando detê-Io.
Taylor empurrou-o e, por um momento, Demi sentiu medo ao perceber o olhar irritado de Joe.
— Vou levar Demi para casa, está decidido — disse Tay.
— Eu a levarei. Você não tem a mínima condição de dirigir, rapaz! Acho até melhor você nos dar as chaves do seu carro, a menos, é claro, que esteja planejando passar o resto da noite com Demi.
Houve um silencio eletrizante quando Demi olhou para Joe com profunda irritação.
— Não? É uma surpresa! Dê-me suas chaves, e a Taylor o levará para casa com segurança, não é, Taylor?
Taylor ficou surpresa e sentiu-se um pouco humilhada. Com certeza ela esperava esticar o programa com Joe e por isso encarava Demi com evidente hostilidade.
— Não quero que ninguém me leve para casa - disse Demi, decidida. — Sou perfeitamente capaz de ir sozinha.  Bem, tenho de ir agora senão perderei o ônibus.
— Você não vai andar sozinha pelas ruas a esta hora da noite.— Joe a segurou pelo braço.
— Aqui não é Nova York — opôs-se Demi, tentando pôr fim àquela discussão.
— Você sabe que ele está certo, Demi — interveio Doug. — Não é seguro sair desacompanhada à noite aqui em Londres.
Parecia que todos conspiravam contra ela, mas a violência nas ruas era um fato e seria tolice ignorá-Ia. Até mesmo Tay acabou concordando com a decisão de Joe e entregou as chaves para Taylor. .
Joe não largou o braço de Demi e, enquanto eles se despediam dos outros, ela disse:
— Realmente não há necessidade. Além disso, você nem sabe onde moro. Eu posso tirá-Io do seu caminho.
— Eu sei o seu endereço. Olhei no registro de funcionários. Agora, seja boazinha e fique quieta, certo?
O carro não estava estacionado muito longe dali, mas Joe continuou a segurá-Ia. Quem os visse assim poderia pensar que eram conhecidos íntimos...
Ela estava tão envolvida nos pensamentos que nem reparou quando Joe parou junto a um carro cinza que parecia bastante veloz.
— Entre — disse ele, abrindo a porta para que Demi se acomodasse.
Ela estremeceu quando Joe entrou no carro e se aproximou para apanhar o cinto de segurança.
— O que pensou que eu fosse fazer? Ceder à violenta tentação e fazer amor com você?
— Não seja ridículo! — exclamou ela com indiferença.
Joe não a tocou enquanto prendia o cinto, mas Demi sentia a presença dele intensamente, o que tornou vivas em sua mente recordações havia muito apagadas.
Joe deu a partida no carro e saiu. Olhou para Demi uma ou duas vezes, mas, como ela se recusasse a olhá-Io, ligou o toca-fitas. .
— Ainda está aborrecida porque eu atrapalhei seu romance? — perguntou Joe. — Você sabe que ele é casado, não? Conte-me a verdade, você o ama?
— Não é da sua conta! .
— Claro que é. Vocês dois fazem parte da minha equipe. Casos de amor no trabalho acabam atrapalhando o desempenho profissional!
— E você teme que meu "caso" com Tay possa afetar meu serviço — disse ela, com doçura. — Pois bem, não se preocupe, isto não acontecerá.
— Espero. Realmente, ele não parece o tipo de homem que consegue manter uma mulher satisfeita, quanto mais duas. O comentário deixou-a furiosa, e Demi esqueceu-se completamente do firme propósito de não discutir mais com ele.
— O que eu sinto por Tay não é da sua conta e não quero falar sobre isso, entendeu bem? Eu prefiro continuar a pé.
Ela procurou a maçaneta da porta, e Joe soltou um palavrão, freando o carro violentamente. Ele a segurou pelos braços e a sacudiu com raiva.
— Nunca mais tente fazer isso, sua... O que você ia fazer? Pular do carro? Caso não tenha percebido, nós estávamos a oitenta quilômetros por hora. Você sabe o que pode acontecer a essa velocidade? Não sobraria nada de você nem para contar a história!
— Pare com isso! — A cabeça de Demi latejava de susto e medo. Na verdade não pretendia abrir a porta, mas o nervosismo foi tanto que ela acabou se descontrolando, agindo automaticamente.
Joe a soltou e continuou o percurso em silêncio. Demi ouviu um barulho e, quando o olhou confusa, ele explicou friamente:
— Acionei um sistema automático de travas de segurança para as portas. Se você insiste em se comportar como uma criança, precisa ser tratada como tal. Ou está pensando que se você se matar na minha frente me deixará com remorso?
Demi teve vontade de lhe dar um tapa na cara, mas contentou-se em dirigir-lhe um olhar de desprezo.
Joe só lhe perguntou o caminho uma vez, logo que eles saíram da estrada principal para entrar na rua em que ela morava. Quando o carro parou em frente a casa, Demi ficou satisfeita por já estar escuro e por Miley e Nick não poderem ver quem a acompanhava.
Ela se voltou para abrir a porta, esquecendo que estava trancada.
— Oh, não, você não vai sair. Não assim com essa pressa.
Nós temos muito o que conversar! Você pensa que pode continuar me tratando desse jeito? Eu não sou Taylor, Demi.
— Eu sei — respondeu ela, fria. — Sei exatamente que tipo de homem você é, Joe. Sádico, mentiroso, completamente insensível. Preciso continuar? Mas não se preocupe, sua reputação estará a salvo. O grande e inteligentíssimo repórter que conseguiu um furo de primeira página e chutou a tola que o ajudou, deixando-a sozinha para enfrentar todas as acusações!
— Não foi bem assim — disse, segurando-a pelos braços.
— Eu... Que inferno! — Ele a afastou. — Não coloque toda a culpa em mim, Demi. Você também teve uma participação nisso tudo, embora prefira esquecer. Não foi só culpa minha.
— Deixe-me sair deste carro! Acho que você é a pessoa mais desprezível que já conheci! Oh, pelo amor de Deus, não me toque! — Demi gritou, tentando afastar-se enquanto ele a mantinha presa, desafiando-a com o olhar.
— Vamos, me bata. — Deu um sorriso desdenhoso.
Ela lutava para se livrar, mas seus movimentos agitados apenas a aproximavam mais dele.
— Eu odeio você!
Não queria que Joe a tocasse, não poderia resistir. Desde que ele a deixara, ninguém mais havia encostado nela, e às vezes Demi achava que se alguém o fizesse ela não suportaria. Sentia medo de que os sentimentos há tanto tempo abafados de repente viessem à tona e a levassem novamente àquela explosão de desejo que dividira com Joe.
Ela se recusava a aceitar que era seu amor por Joe que a deixava totalmente desarmada.
— Dizem que o ódio e o amor andam juntos — Joe falou num tom de gozação.
— Amor! Só o pensamento de tê-Io ao meu lado me deixa com náuseas.
— É o que está acontecendo agora?
No mesmo instante Demi ficou tensa. Tentou se afastar quando ele inclinou a cabeça em sua direção, mas Joe prendeu o rosto dela entre as mãos, beijando-a com raiva.
Demi sentiu-se desesperada diante do domínio daqueles lábios. Quando Joe soltou sua cabeça, ela pensou que havia vencido. Cruelmente, porém, ele colocou a mão pela abertura da blusa dela, acariciando-lhe os seios com brutalidade. Essa aproximação não lhe trouxe recordações insuportáveis como ela imaginava que fosse acontecer. No entanto, sabia que Joe estava apenas tentando puni-Ia e humilhá-Ia com toda aquela violência.
O pânico fazia Demi lutar com todas as forças, mas Joe a subjugou facilmente. Sua blusa estava aberta, e ela fechou os olhos com horror quando pressentiu a intenção de Joe. Sentindo o peito dele contra o corpo enquanto tentava afastá-Io, Demi soltou um gemido fraco que fez com que Joe a soltasse.
— Não precisa desmaiar. Você não é nenhuma heroína frágil — comentou Joe. — Meus Deus, parece ser verdade o que andaram comentando. Você está fria como gelo!
— Você me fez ficar assim! O que estava esperando? Que eu caísse em seus braços com gritos de êxtase? Deixe-me sair daqui! — Uma terrível inércia tomava conta de seu corpo inteiro.
Desta vez, quando Demi procurou a maçaneta, a porta se abriu instantaneamente.
Ela não conseguiria encarar Miley e Nick e por isso foi primeiro para seu próprio apartamento. Olhando-se no espelho, viu os cabelos despenteados, a boca machucada e o colo todo marcado. Tremendo de desgosto, Demi arrancou a blusa e o sutiã, jogando-os no lixo. Não queria mais senti-los junto à pele.
Tomou uma ducha fria, o que não a deixou menos angustiada e aturdida. Queria apenas se deitar, mas tinha medo de pensar em tudo o que havia acontecido. Por isso, com esforço, vestiu-se e penteou os cabelos antes de ir buscar Nicky.
Apesar de tentar disfarçar, ela sabia que Miley havia notado sua boca machucada, embora a amiga não tivesse feito comentário algum.
— Desculpe, cheguei um pouco tarde. Está tudo bem?
— Tudo bem! E você, como está? Não me parece muito disposta — comentou Miley, preocupada.
— Estou com dor de cabeça, só isso. — Era verdade. Sua cabeça latejava, e ela não parava de tremer, mesmo não estando com frio.
Nick insistiu em carregar Nicky para baixo.

Nicky tem sorte!, Pensou Demi. Se a vida dela fosse tão simples quanto à dele!

De madrugada, Demi teve um pesadelo terrível. Nicky estava chorando, e ela tentava ir até ele mas não conseguia se mover pois algo a segurava. Desesperada, procurava em vão se soltar e gritava para que o filho a esperasse: De repente, se virou e o rosto que viu era o de Joe; frio e zombeteiro.
— Não! — gritou, abrindo os olhos. O quarto rodava e ela sentiu uma náusea muito forte quando tentou levantar a cabeça do travesseiro.
Enxaqueca! Há tempos que não tinha uma crise, e, dessa vez, a causa era evidente. Olhou para o relógio sabendo que não poderia ir trabalhar, pois as crises costumavam ser violentas. Quando tentou alcançar o telefone para ligar para o jornal, ela ouviu Miley abrir a porta do apartamento e correr para o quarto.
— Você está doente? O que aconteceu? Alguma coisa grave?
— Uma enxaqueca pavorosa! Estava tentando ligar para o escritório.
— Deixe que eu faço isso. Onde está o remédio?
Depois de tomar os comprimidos, Demi começou a se sentir sonolenta e desejou que no dia seguinte estivesse totalmente recuperada.
No fim da tarde acordou sem dor de cabeça, mas ainda sentia-se bastante zonza.
Quando bateu à porta de Miley, foi recebida alegremente por Nicky, que queria saber se ela estava melhor. A amiga insistiu para que ela e o filho jantassem com eles.
— Você tem trabalhado muito — disse. Miley. — Além do mais, esse calor também não colabora.
Estava realmente muito quente, mas Demi sabia que o clima não era o responsável por seu mal-estar.
— Falei com seu chefe. Ele ficou muito preocupado quando eu disse que você estava doente.
— Você mencionou Nicky? .
— Não — Miley respondeu sem entender a razão da pergunta.
— É que as pessoas no escritório não sabem que tenho um filho.
Embora Miley tivesse aceitado a explicação, Demi percebeu que ela ficara bastante curiosa e rezou para que não surgisse, a oportunidade de a amiga conhecer Joe.
Nicky não parava de falar quando Demi o colocou na cama, e sentiu-se orgulhoso ao contar para a mãe como não havia sido medroso quando Nick o jogara para o ar, numa das brincadeiras de costume.
— Por que não tenho um pai? — ele perguntou subitamente.
— Você tem a mim — respondeu Demi. — Não é o bastante, filhinho?
— Eu queria um pai também. Você não pode brincar comigo como um pai.
Demi conseguiu distraí-Io falando dos ursos que iriam ver no zoológico, mas não poderia fazer isso pelo resto da vida. Pela primeira vez ocorreu-lhe que Nicky poderia ficar magoado imaginando que ela rejeitara o pai dele. Não conseguiu conter as lágrimas ao pensar nisso. Se Nicky fosse adulto, poderia lhe explicar tudo, mas talvez já fosse muito tarde...

3 comentários:

  1. AAAAAAAH , ESTA ÓTIMO *-*
    Estou viciada k
    Quero mais u_u k
    beeijos ;*

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  2. Amei Amei sua historia ta muito otimaaaa <3

    Você ganhou selinho no meu blog passa la pra pega
    http://bff-historia-de-amizade-e-amor.blogspot.com/2011/12/selinho-d_28.html

    BeiJONAS =*

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  3. Ficou ótimo, posta mais, estou adorando a historia!!!!!!!!!!!!!!!!! :)

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